Ana era uma garotinha de nove anos com várias virtudes.
Muito estudiosa, era o orgulho da família. Respeitava não só
aos seus pais, mas também aos mais velhos. Alegre como toda a criança, adorava correr e pular corda. Porém
tinha um defeito: adorava jogar fora a sua comida.
Sua mãe servia o seu almoço com muito prazer e afeição, pois
esta amava cozinhar. Mas quando a sua mãe virava as costas, ela jogava toda a
sua comida no lixo e pedia mais para a sua mãe. Sua mãe vinha e lhe colocava mais. A menina olhava para a comida, e
novamente a jogava tudo no lixo.
A mãe de Ana ficava tão contente em ver a filha se
alimentar direito. Mal sabia ela que a danadinha jogava tudo no lixo.
Sua mania de jogar a comida no lixo não tinha fim. Até que
certo dia lhe aconteceu algo que ela jamais imaginaria.
Em mais um dia de almoço, Ana jogaria novamente toda a sua
comida no lixo. A sapequinha não tinha jeito.
A saborosa macarronada com presuntos, feitos por sua mãe,
chegaria ao lixo com um triste desperdício. Ela estava acompanhada de ervilhas,
ovos cozidos, cebola e palmito.
Mandou a sua mãe repetir, e novamente jogava aquela delicia toda no lixo.
Beliscou a sobremesa e foi para o pátio da sua casa brincar
como lhe era de costume.
Adorava brincar com as suas bonecas. Alimentava-as e se deitava no pátio para as fazerem dormir.
Nisso, as ervilhas, os ovos, a cebola e o palmito, vieram
até ela, e com os cenhos franzindo lhes interrogaram:
- Por que nos desperdiça? – Perguntou a ervilha irada.
- Isso! Por que nos joga fora? Não gosta da gente? – Disse
os ovos.
- Nos trata com desdém, né! – Disse chorando a cebola.
A menina, lógico, não podia falar, e o palmito, para lhe
castigar um pouco, começou a fazer cócegas em seu pé. A menina ria, mas na verdade queria chorar. Começou a se desvencilhar das guloseimas, porém em vão.
A cebola soltou o seu bafo nos olhos da garotinha até a fazerem lagrimar. O palmito continuava a lhe fazer cócegas. A ervilha e o ovo, que pareciam os mais sensatos, lhes mandaram parar e disseram o seguinte:
- Como pode: uma menina tão bonita como esta fazendo uma
coisa tão feia assim. Há várias crianças que desejam tanto a gente e você nos jogando
fora.
- Prometa que nunca mais fará isso novamente, Ana!
A menina meneou a cabeça e todas as guloseimas bateram
palmas e fizeram a maior festa.
- Solte ela macarrão. – Disse a ervilha.
Assim, o macarrão soltou suas pernas e suas mãos. O presunto,
que era mudo, destapou a sua boca e também foi embora. Ana viu todas aquelas
guloseimas com um espanto que jamais havia tido.
Assim, as guloseimas partiram e lhe acenaram um
condescendente adeus. De longe, a cebola gritou: e que isso nunca mais se repita! Hunf!
Quando Ana se recuperou, prometeu a Deus que nunca mais
jogaria fora a sua comida.
Por Patrik Santos
adorei essa história,alguns pais deveriam contar para seus filhos
ResponderExcluirMuito obrigado por ter curtido.
ResponderExcluirTambém acho... rsrs
A danadinha nunca mais vai jogar fora a sua comida...rsrs
Confesso que gosto de ler de tudo pois sou muito curiosa pelas composições textuais. Também já estou seguindo aqui!
ResponderExcluirMuito obrigado, Malu.
ResponderExcluirÉ uma satisfação ter você por aqui.
Abraços