Não me lembro de quando tudo isso começou. Nem me lembro da
dor que eu sentia. Só me lembro da feição de fúria dele.
O que ele via em sua frente ele me acertava. Tenho vários
hematomas pelo o meu corpo.
Ele não tinha o direito de me fazer isso. Ele nem era o meu
verdadeiro pai.
Quantas vezes eu passei fome. Eu via meus irmãos comerem o
melhor que tinha na mesa. Eu apenas olhava. O que sobrasse eu poderia comer. Isso
apenas quando sobrava.
Na minha adolescência eu comecei a enfrentar ele. Ele já
sentia um receio em me enfrentar. Quão covarde ele era. Quão covarde foi.
Eu sabia que aquele filho da puta tinha uma arma, porém eu
jamais imaginava que um dia ele iria me atirar. Quão covarde é. Quão covarde
foi.
Pegou-me desprevenido. Dia em que eu o desrespeitei e lhe
mandei para longe. O tiro veio certeiro na minha cabeça. Eu nem senti dor, apenas
vi o meu corpo cair no chão. Demorei a perceber que eu estava morto. Com certeza
eu não fui o primeiro a passar por isso.
Hoje estou preso neste mundo. Preciso que alguém me liberte
dele. Talvez não.
Sua arma está em sua gaveta. Peguei-a. Mirei em sua direção,
mas o tiro não saiu, pois sou apenas uma alma que não pode se vingar.
Acho que a impunidade sempre vai reinar.
Autor: Patrik Santos
caraca...vc é demais,despertou uma raiva dentro de mim kkkkk
ResponderExcluire o pior de tudo,isso acontece de verdade e fica sem punição.
kk Verdade, Gleyci. Quantas pessoas já não se foram covardemente sem ao menos se vingar? sem ao menos se justificar?
ResponderExcluirbjoss