terça-feira, 11 de junho de 2013

Sexo no Cemitério


Todo dia, após largar o seu serviço, Vicente rumava para um bar que se localizava perto de sua casa. Encontrava-se com os seus amigos e bebia até o diabo dizer chega.

Sentado em sua mesa, rodeada de amigos, Vicente enxergou uma linda mulher que bebia sozinha no balcão do bar. Não era a primeira vez que Vicente viu aquela moça ali, sozinha e visivelmente triste. Já tinha lhe visto outra vez, parecia ter sido na noite passada. Achou ela tesuda demais, porém não teve coragem de ir até lá e lhe galantear. 

Naquela noite, porém, Vicente tomou coragem, assim como várias doses de conhaque, e foi até a linda moça de triste aparência para arriscar uma paquera.

- Boa noite, moça. Permita-me sentar ao seu lado? – Disse educadamente Vicente.

- Fique a vontade. – Respondeu a moça.

- Sempre lhe vejo por aqui. Moras aqui perto? – Disse Vicente.

- Sim. Bem aqui próximo. Sou novata. Faz poucos dias que me mudei. – Concluiu ela.

- Muito prazer, meu nome é Vicente.

- Prazer.

-Como você se chama?

- Isso realmente importa? – Perguntou ela.

Vicente levantou duas vezes a sua sobrancelha e disse:

- Realmente não. Você não quer ir para outro lugar?  - Perguntou ele com o coração palpitando por sexo.

- Sim.  – Disse a moça.

Segurando a mão da moça, Vicente retirou-se do bar e saiu para a rua em rumo a um motel mais próximo.
A moça estava gelada. De fato que fazia um frio intenso, mas a sua temperatura era bastante fora do normal. Vicente nem deu a mínima para isto, pois julgava que a moça estava apenas nervosa.

Chegando próximo a um cemitério, a moça fez uma proposta inesperada a Vicente. Disse-lhe que tinha uma fantasia sexual: transar dentro de um cemitério. Vicente não gostou da proposta, mas quando viu que a moça lhe fazia menção de desistir de tudo, ele aceitou prontamente.

A moça deitou-se em um túmulo e começou a se despir. Vicente vislumbrou a linda moça e ficou encantado. 

De fato a moça era muito atraente. Lentamente também foi se despindo. A moça já o chamava freneticamente em cima de um túmulo. “Vem me possuir, garanhão”, dizia ela. Nunca ele poderia imaginar que a moça era tão louca daquele jeito. Gritava chamando-o para que este a comesse logo. Vicente deitou-se em cima dela e é escusado dizer os detalhes daquela transa.

O clima estava bom, até que a moça pediu algo que ele jamais imaginaria que ela pedisse. Era algo doentio. A mulher pediu para que ele destampasse o túmulo com o qual eles estavam deitados, e de lá tirasse o cadáver para que eles mantivessem relação com ele.

- Você está louca? –  Redarguiu ele.

- O defunto é fresco. – Disse ela.

A eloquência da moça, bem como a sua beleza cativante, convencera Vicente que fez tudo aquilo o que ela pedira.

De fato, o corpo ainda estava em bom estado. Parecia ter sido enterrado há quatro dias. Era de uma mulher.

Nunca Vicente imaginaria se vendo a cometer tal ato. A necrofilia era algo que o próprio repudiava.
Vicente, então, fez sexo com o defunto.

De repente uma luz foi posta em sua direção. Vicente olhou para aquele clarão e viu a mulher desaparecer. Ele estava realmente ébrio. A luz era da lanterna do coveiro que viera ver o que estava acontecendo no jazigo.

A cena que o coveiro viu não lhe deixou tão admirado. O que mais lhe deixou pasmo foi ver o homem praticar sexo oral com o cadáver.

- O Que você está fazendo aí, amigo? – Perguntou o coveiro.

- Nada. Apenas sexo. – Disse Vicente.

- Mas com um cadáver? – Disse o coveiro.

- Foi à moça que me instigou.  – Disse Vicente.

- Que moça, cara. Só vejo um defunto aí.

Vicente olhou para um lado, olhou para o outro e, meio atordoado, sem saber onde estava, viu a foto da mulher no jazigo em que ele estava deitado, e disse:

- É essa mulher aí da foto.

-  Mas essa mulher já morreu. – Disse o coveiro.

-Impossível! Transamos agora a pouco. Ela que me trouxe até aqui.

- Não invente, seu doente. Você transou com o seu defunto.


- Ai que merda! – Disse Vicente.


Por Patrik Santos

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