Todo dia, após largar o seu serviço, Vicente rumava para um
bar que se localizava perto de sua casa. Encontrava-se com os seus amigos e
bebia até o diabo dizer chega.
Sentado em sua mesa, rodeada de amigos, Vicente enxergou uma
linda mulher que bebia sozinha no balcão do bar. Não era a primeira vez que
Vicente viu aquela moça ali, sozinha e visivelmente triste. Já tinha lhe visto outra
vez, parecia ter sido na noite passada. Achou ela tesuda demais, porém não teve
coragem de ir até lá e lhe galantear.
Naquela noite, porém, Vicente tomou coragem, assim como
várias doses de conhaque, e foi até a linda moça de triste aparência para
arriscar uma paquera.
- Boa noite, moça. Permita-me sentar ao seu lado? – Disse
educadamente Vicente.
- Fique a vontade. – Respondeu a moça.
- Sempre lhe vejo por aqui. Moras aqui perto? – Disse
Vicente.
- Sim. Bem aqui próximo. Sou novata. Faz poucos dias que me mudei. – Concluiu
ela.
- Muito prazer, meu nome é Vicente.
- Prazer.
-Como você se chama?
- Isso realmente importa? – Perguntou ela.
Vicente levantou duas vezes a sua sobrancelha e disse:
- Realmente não. Você não quer ir para outro lugar? - Perguntou ele com o coração palpitando por
sexo.
- Sim. – Disse a
moça.
Segurando a mão da moça, Vicente retirou-se do bar e saiu
para a rua em rumo a um motel mais próximo.
A moça estava gelada. De fato que fazia um frio intenso, mas
a sua temperatura era bastante fora do normal. Vicente nem deu a mínima para
isto, pois julgava que a moça estava apenas nervosa.
Chegando próximo a um cemitério, a moça fez uma proposta
inesperada a Vicente. Disse-lhe que tinha uma fantasia sexual: transar dentro
de um cemitério. Vicente não gostou da proposta, mas quando viu que a moça lhe
fazia menção de desistir de tudo, ele aceitou prontamente.
A moça deitou-se em um túmulo e começou a se despir. Vicente
vislumbrou a linda moça e ficou encantado.
De fato a moça era muito atraente. Lentamente
também foi se despindo. A moça já o chamava freneticamente em cima de um
túmulo. “Vem me possuir, garanhão”, dizia ela. Nunca ele poderia imaginar que a
moça era tão louca daquele jeito. Gritava chamando-o para que este a comesse
logo. Vicente deitou-se em cima dela e é escusado dizer os detalhes daquela
transa.
O clima estava bom, até que a moça pediu algo que ele jamais
imaginaria que ela pedisse. Era algo doentio. A mulher pediu para que ele
destampasse o túmulo com o qual eles estavam deitados, e de lá tirasse o
cadáver para que eles mantivessem relação com ele.
- Você está louca? –
Redarguiu ele.
- O defunto é fresco. – Disse ela.
A eloquência da moça, bem como a sua beleza cativante,
convencera Vicente que fez tudo aquilo o que ela pedira.
De fato, o corpo ainda estava em bom estado. Parecia ter
sido enterrado há quatro dias. Era de uma mulher.
Nunca Vicente imaginaria se vendo a cometer tal ato. A
necrofilia era algo que o próprio repudiava.
Vicente, então, fez sexo com o defunto.
De repente uma luz foi posta em sua direção. Vicente olhou
para aquele clarão e viu a mulher desaparecer. Ele estava realmente ébrio. A
luz era da lanterna do coveiro que viera ver o que estava acontecendo no
jazigo.
A cena que o coveiro viu não lhe deixou tão admirado. O que
mais lhe deixou pasmo foi ver o homem praticar sexo oral com o cadáver.
- O Que você está fazendo aí, amigo? – Perguntou o coveiro.
- Nada. Apenas sexo. – Disse Vicente.
- Mas com um cadáver? – Disse o coveiro.
- Foi à moça que me instigou. – Disse Vicente.
- Que moça, cara. Só vejo um defunto aí.
Vicente olhou para um lado, olhou para o outro e, meio
atordoado, sem saber onde estava, viu a foto da mulher no jazigo em que ele
estava deitado, e disse:
- É essa mulher aí da foto.
- Mas essa mulher já morreu. – Disse o coveiro.
-Impossível! Transamos agora a pouco. Ela que me trouxe até aqui.
- Não invente, seu doente. Você transou com o seu defunto.
-Impossível! Transamos agora a pouco. Ela que me trouxe até aqui.
- Não invente, seu doente. Você transou com o seu defunto.
- Ai que merda! – Disse Vicente.
Por Patrik Santos
Por Patrik Santos
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